quinta-feira, 22 de abril de 2010

A infância...

A infância é uma coisa maravilhosa.
Maravilhosamente boba. E importante. A infância é feliz e não volta. A infância é o que decide quem você é, e como irá viver.
A criança quer crescer, o adulto quer voltar. Quer voltar a ser criança, pois a criança vê felicidade intensa e imensa em coisas pequenas, que podem se tornar, para ela, algo grandioso e lembrado para sempre.
A infância é difícil. Eu lembro. Lembro como era doloroso ver sua mãe dizendo, que a lagarta que você pegou ontem no quintal, tinha fugido. E você, achava até agora, que a lagarta seria sua para sempre. E como você lembrou dessa lagarta por muito tempo.
O adulto não tem tempo para pensar em pequenas coisas, pois tem grandes problemas para resolver. Você agora, é um adulto, que não sofreria em saber que uma lagarta, fugira de sua casa. Sofreria agora, por grandes coisas, problemas de verdade, que agora, o adulto sente.
Um adulto pode sim ser feliz. Nunca com pequenas coisas, como uma criança.
Um adulto, não sentiria nada, ao lembrar da sua pequena lagarta, que agora, era uma borboleta.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amigos

Na aula de redação, ouvindo uma música, olho para meu caderno.
Penso na minha vida, em todas as pessoas que amo. Imagino minha vida sem meus amigos, minha família, meus professores. De repente fico triste e feliz.
Triste por sabe que há pessoas no mundo que não tem nada disso, e feliz por ter tudo isso.
Olho para a Luiza, para o Giuliano, para uma foto de meus pais, para a Tucci, para a Isa, olho as pessoas maravilhosas em minha volta.
De repente, uma vontade absurda de abraçar todos eles, e dizer-lhes o quanto os amo.
Dizer que são minha vida.
Vontade de chorar muito. Até não poder mais. Chorar.
De alegrria, tristeza, emoção, de ter todos eles por perto. E ter orgulho de dizer, que eu sei que posso contar com eles para o que eu precisar.
E poder dizer "Vocês são pra sempre".



"Bia, Isa, Tucci, Giuliano, Gorda, Lúmina, Thais, Lara, Jú, Maria. Eu amo vocês. Vocês são o essencial na minha vida. E essa crônica não demonstra um décimo do que eu sinto por vocês"

Prazeres

Gosto de observar o comportamento dos meus amigos, as manias, o geito de cada um.
Gosto, de desenhar e escrever muito durante a aula, sempre a caneta.
Também gosto muito, de finalmente comer alguma coisa que até então tinha vontade, principalmente chocolate, e é claro, fora de hora.
Gosto de graffitar minha parede e de colar adesivos na minha janela.
Gosto, de brindar uma coca gelada com minhas amigas, indo para a escola, sempre numa garrafa de vidro.
Gosto, de tomar chocolate quente e assistir filme, em um dia frio. Gosto do inverno.
Gosto, de compor minhas próprias músicas, com acordes que não existem.
Gosto, de passar o dia todo com minhas amigas, depois voltar para casa, pegar algo para comer, e telefonar para as mesmas amigas, e rolar no chão de tanto rir, a noite toda, no telefone.
Gosto de comer a comida que eu mesma fiz, fazendo sempre, a garfada perfeita.
Mas gosto, principalmente de viver. E de estar ao lado daqueles que amo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Blog

Bom, este Blog faz parte de um trabalho da aula de redação, portanto, preciso de uma cronica até amanhã.
No começo, não estava animada com o projeto, mas agora, não vejo a hora de vir inspiração! Não estou com inspiração no momento, mas não quero dormir hoje sem ter postado nada aqui.
Provavelmente, vou apagar isto, pois não tenho absolutamente nada para escrever, então preciso pensar em alguma coisa.
Pensar é uma coisa que me intriga, porque, se as pessoas não pensassem, onde estaríamos agora?
Provavelmente não estaríamos, pois não comeríamos, nem dormiríamos, e não nos reproduziríamos.
Talvez se pensássemos só um pouco, como um peixe, ou um pernilongo, que conseguem comer, se reproduzir, mas não são capazes de poluir ou de guerrear.
Talvez assim fosse melhor.
Os peixes e pernilongos provavelmente são mais espertos que a gente, pois não estragam o próprio lar.
Deveríamos ser pernilongos.
Talvez sejamos no futuro, mas só o tempo dirá, se der tempo de dizer, antes de mais guerras e poluição...
Pronto, consegui. Consegui viajar e escrever.

Clara e Melissa

Era uma vez, uma amiga.
Amiga muito querida, por mim e por todos.
Clara.
A Clara vivia uma vida muito boa, era feliz, apesar dos pais separados. Morava na casa da avó, no mesmo condomínio que eu.
Certa vez, Clara conheceu uma menina pela Internet, Melissa. Conheceu aqui mesmo, na casa da avó, e vivia falando dela.
As duas foram se conhecendo, Melissa morava com a mãe, meio doidinha, com mais 3 irmãos, na ZL. Enquanto Clara, morava na ZO. Clara era gay, Melissa hetero.
Clara foi conhecendo Melissa, e as duas se apaixonaram.
Agora, Melissa era gay também.
As duas começaram a namorar, á distancia, mesmo sem se ver.
Após longos 6 meses, a vontade das duas se verem, crescia cada dia mais.
Resolveram se encontrar. Clara foi até a ZL, e lá foi a maior festa. As duas passaram 4 horas juntas, voltaram para casa, ninguem descobriu...
Contunuaram se vendo de vez em quando, depois uma vez por mês, depois uma por semana, por dia, se amando intensamente, cada vez mais ...
Completaram 2 anos de namoro, e um dia, seus pais descobriram.
Descobriram, e não numa boa.
Deixaram Melissa de castigo, briagaram com ela, as duas choraram, ambas sem Internet nem telefone celular, não podiam sair mais de casa, muito menos se ver.
Clara passou a morar com a mãe, que mora no mesmo bairro que a avó, os pais de Clara brigaram, foi um inferno.
Porém, as duas continuavam batalhando para ficarem juntas, mesmo por dois meses lutando para conseguir se falar uma vez por semana.
Aos poucos, as duas foram retomando a confiança dos pais, sairam do castigo, recuperaram celular, começaram a sair, e a se ver...
As vezes, seus pais tentavam as-separar, as duas fugiam de casa, começava tudo outra vez, terminava tudo outra vez.
È assim até hoje, mas o que eu aprendi com tudo isso, foi lutar.
Lutar pelo que você realmente quer.
Clara e Melissa são minha inspiração, eternamente ♥'

Adultos...

As vezes fico me perguntando porque os adultos não entendem os adolescentes.
Isso porque nem faz tanto tempo que eles foram um.
Quando você por exemplo, vê que seu pai está indo ao mercado, e fala:
-Pai, compra um salgadinho pra mim!
Ele diz que sim, mas na volta traz uma sacola com frutas e diz:
-Não comprei um salgadinho, mas comprei um cajuzinho!- diz "cajuzinhos" na maior empolgação.
E você ainda tem que parecer satisfeita, por que se reclamar, leva um irritante "é mais saudável" na lata.
E ainda tem os diminutivos, como por exemplo: "filinha, fecha a tampinha da garrafinha e põe na geladeirinha pro papaizinho por favor?". Acho que eles pensam que seduzem a gente com diminutivos, argh.
Outra coisa incrivelmente insuportável, é achar que sempre tem razão em qualquer coisa que diga.
Hoje meu pai simplesmente cismou que água era objeto. E se eu dissesse "é pai, é objeto sim", ele ficava bravo!
Adultos que estiverem lendo isso, vocês só servem pra fazer adolescentes. Brincadeira, tem uns adultos legais (aqueles que a gente vê duas vezes por semana).
Mas enfim, eu acho que as pessoas conseguem, em dez anos, semplesmente esquecer como é duro e difícil ser um adolescente.
E meu único medo, talvez inevitável, é esquecer o que eu pensava disso, virar um deles, e irritar profundamente minha filha, ou qualquer adolescente.

Auto - estima

As vezes eu acho que as pessoas não gostam de mim, ou me acham chata.
Quando estou perto de alguém que gosto, eu sinto que a pessoa não queria estar ao meu lado, e, quando ouço um “eu te amo”, fico achando que não é sincero.
As pessoas podem tentar demonstrar que gostam de mim, mas eu continuo achando que não.
Eu amo meus amigos mais que qualquer coisa no planeta terra, mas as vezes... Eu não sei. Acho que eu tenho algum problema de auto-estima ou sei lá.
Quando alguém não me responde no MSN eu acho que a pessoa não quer falar comigo, etc...
Quando lerem essa crônica, minhas amigas dirão "claaro que eu gosto te vocêê!". Mas não é bem assim, nem é bem isso. Eu é que não sei me expressar. Eu tento, mas ninguem entende mesmo o que eu quero dizer.
É que eu me sinto meio excluída do mundo, como se eu não existisse. De saco cheio de viver, ter que ir pra escola, pra depois se formar, fazer faculdade, trabalhar, morrer.
Me pergunto pra que tudo isso, e quando penso nisso, tenho vontade de fugir. Fugir do mundo, de casa, da escola, de onde eu esteja. Fugir da vida. Mas penso nos meus amigos e quero continuar. Mas... Eu mesma não tinha dito que acho que eles não gostam de mim? Pode ser, mas mesmo assim, não viveria sem eles, e tenho vontade de continuar na escola, pra depois me formar, trabalhar, morrer. Tenho vontade de continuar, de continuar.

A caixa

Se eu tivesse que escolher coisas para guardar para sempre, estas seriam:

-Minha coleção de cartas que recebi
-Minha boneca que tenho desde um ano
-Meu violão
-Um cd com minhas músicas favoritas
-uma foto com as pessoas que amo
-Vocês.